quinta-feira, 26 de junho de 2008

A Era Dunga...

Após a grande decepção de 2006, com a eliminação precoce da Seleção na Copa do Mundo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) movimentou a mídia internacional com a notícia de uma renovação, a começar pela equipe técnica. O nome de Dunga como técnico e Jorginho como auxiliar, gerou uma divisão nos meios de comunicações esportivas, e principalmente, no povo brasileiro, que olhava para essa novidade com muita desconfiança. Eles queriam para o cargo, Vanderley Luxemburgo e Luiz Felipe Scolari.

Com um passado de esforço e dedicação, tanto de Dunga que era considerado símbolo de raça, e também Jorginho, que foi um dos melhores laterais da Seleção Brasileira, seus desempenhos foram ganhando a confiança da nação, e também, elogios da imprensa internacional. O trabalho de renovação teve um planejamento em longo prazo e com isso, o título da Copa das Confederações e da Copa América, gerou uma confiabilidade muito grande ao comandante da Seleção, principalmente pelas vitórias sobre a nossa arqui-rival Argentina, na Copa das Confederações, e também, na Copa América.

Mas, como sabemos, basta uma queda de produção da Seleção e a insatisfação da torcida para gerar um clima de desconfiança, ainda mais quando nomes, como Ronaldinho Gaúcho, Kaka, entre outros não constam nas lista de convocações. Seja por motivos políticos e até mesmo, no caso do Ronaldinho, problemas internos no Clube (Barcelona – ESP), fizeram que o treinador fosse muito criticado. A situação de normal, aquela chamada "pressão", se tratando de seleção brasileira, tornou-se incógnita. A difícil vitória no amistoso sobre o Selecionado do Canadá, que diga-se de passagem, tem pouca expressão no futebol e a primeira derrota em anos de história contra a Venezuela, abalou as estruturas da comissão técnica.

Dentre todas as tentativas de explicações, o jogo pelas eliminatórias da Copa do Mundo contra a Argentina foi considerado como uma válvula de escape para essa fase tão ruim, que apesar de não vencer, ainda tem um ataque inoperante... Mineirão lotado, público presente, eufóricos com a possibilidade de vencer a Argentina, e o que acontece? Mais uma decepção! A bola não entra. O que podemos ver e analisar daquele jogo foi um Brasil sem garra, taticamente ineficaz e um domínio total dos argentinos, que, aliás, fez com que Messi, levasse de Minas Gerais, não somente um ponto na bagagem, mas também, aplausos pelo bom futebol, de sua torcida rival.

O que podemos falar é que a opinião do povo é uma só, a seleção tem que ter um novo técnico, inclusive, isso tem sido o grito da torcida no estádio... Mas, a era Dunga ainda está de pé. Apesar de sua estrutura abalada, a
CBF, representada pelo seu Presidente Ricardo Teixeira, ainda confia no trabalho da comissão técnica, ou seja, no Dunga.